segunda-feira, 28 de maio de 2012

Transporte público em Salvador: O castigo diário

Todo dia é a mesma dificuldade, ônibus atrasado ou lotado.Estamos vivendo o pior dos tempos em relação a transporte.Nada é feito para melhorar a mobilidade da cidade, parece que Salvador se tornou uma terra de ninguém. E quem sofre com tudo isso? A população, claro.


*Essa foto foi encontrada na internet, mas, com certeza foi tirada por um passageiro tão indignado quanto eu. E então, o que faremos com esse caos?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A vida continua

Bom..agora estou formada. Sou Jornalista. Cheia de idéias novas e motivação.
Estou reativando o blog depois um tempo sem inspiração para escrever qualquer linha que fosse.
Mas, já que o lado jornalístico fala sempre mais alto. Estou de volta. Cheia de entusiasmo.

Espero que dessa vez para ficar, sem paradas, obrigatórias ou não. Porque independente de qualquer coisa, a vida continua.

domingo, 13 de junho de 2010

A dificuldade do Jornalismo Comunitário..

Eu e minhas colegas da faculdade tivemos a oportuniadade de tentar exercer o jornalismo comunitário e pudemos perceber o quanto isso é uma tarefa árdua. Visitamos uma comunidade aqui em Salvador e cada grupo escolheu um meio de produção, minha equipe escolheu o jornal impresso,o que a princípio foi a melhor escolha possível já que todas temos facilidade com a escrita.
A grande dificuldade é  interagir com a comunidade, as pessoas tem medo de conversar,falar sobre qualquer assunto que envolva a comunidade, principalmente quando falamos que é para um  meio de comunicação. Foi dificil conseguir entrevistas e ouvir dos moradores os problemas enfrentados pelo bairro.
No entanto, foi muito bom conhecer um outro mundo, que vai muito além do nosso dia a dia, foi ótimo conhecer outras pessoas, saber os problemas enfrentados por elas e tentar de alguma maneira ajudar na divulgação dos projetos sociais do bairro.
É importante que nós, futuros jornalistas, possamos entender o verdadeiro papel do jornalismo comunitário, que se baseia na identificação de interesses, opiniões e posicionamentos dos jornalistas com a comunidade.
Acima de tudo, perceber que a prática jornalística, vai muito além do glamour apresentado nos grandes telejornais.
E por tudo isso cada dia eu acho mais apaixonante essa profissão.

Ps: Por alguns problemas o jornal ainda não está disponível. Assim que tiver coloco aqui!E também quando eu souber como!rsrsrs

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

I Festival de 1 minuto

http://www.youtube.com/watch?v=-XIBPnqbMQk




A minha turma de jornalismo participou do primeiro Festival de 1 minuto da Faculdade Dois de Julho, organizado pela Orientadora Suzane Costa. Foi uma noite maravilhosa, muitos talentos foram revelados. Esse é o meu vídeo, ele não foi premiado, mas serviu de experiência e incentivo aos que estão por vir. Meus agradecimentos a Suzane que nos presenteou com uma noite muito agradável e a todos os alunos que participaram, em especial a minha turma do 4º semestre, que modéstia a parte, ARREBENTARAM!


Parabéns a todos!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Janela da Alma

O documentário “Janela da Alma”, mostra diferentes caminhos percorridos pelos entrevistados, como cada pessoa enxerga de uma maneira e no que cada um acredita. O início do filme é um pouco fora de foco e ao longo vai ficando mais nítido, fazendo parte da estética do filme, como se fosse também a visão humana. E ao passar de uma imagem para outra, escurecia, como se fosse uma pausa.
O filme é repleto de abordagens e declarações que nos mostram como os outros sentidos são muito importantes para as pessoas que sofrem de algum tipo de deficiência visual. Começa com o relato de Hermeto Pascoal, um músico, que conta de uma maneira bastante leve e engraçada como é sua vida, e como é conviver com sua dificuldade em enxergar. Conta que enxerga mais com sua visão interior e que nunca se sentiu inferior apesar de não ter uma visão perfeita.
Muitas afirmações que nos revelam a importância da visão e porque os olhos são considerados a janela da alma. Falas como as de Antonio Cícero, que acentua a idéia de os olhos serem considerados a janela da alma, Oliver Sack, neurologista que fala sobre como algumas pessoas que possuem problemas na atividade visual encaram a vida, e Manoel de barros que acredita que “A imaginação transfigura o mundo”.
Marieta Severo fala sobre como é importante para ela enxergar o outro na hora de contracenar. José Saramago acredita que a visão limitada do homem o faz ser como é. Também fala um pouco como surgiu à idéia de escrever seu livro “Ensaio sobre a cegueira”.
Muitas outras entrevistas marcantes fazem com que o filme use o tema “visão” apenas como propulsor para diversas compreensões de mundo. Como a de João Ubaldo, que nunca se incomodou com o fato de usar óculos. Eugen Baucar, que consegue fotografar mesmo não vendo o que enquadra.
O Depoimento de Arnaldo Godoy foi bastante rico, ele perdeu a visão aos 17 anos, não foi tratado diferente pela família porque era cego, constituiu família e conseguiu cuidar das suas filhas quando elas eram pequenas.
O cineasta Wim Wenders acredita que a visão é seletiva. Apesar de enxergar bem sem óculos prefere usá-lo por causa do enquadramento, sem óculos ele acredita que enxerga demais. Ele questiona o significado das coisas e afirma que “Ter tudo em excesso, significa que nada temos”.
Assim, o resultado final do filme de João Jardim e Walter Carvalho é também poético e lírico, eles problematizam o tema “visão” e nos fazem pensar no social, filosófico, cientifico e até mesmo artístico. E a grande proposta é que possamos ver sem a visão, mas por meio de outras coisas, principalmente da alma.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quem não tem carro..

Pedrinho sai todos os dias de casa às seis da manhã, vai para o ponto onde pega seu coletivo rumo ao colégio no centro da cidade, ele mora no subúrbio rodoviário de Salvador. Seu ônibus passa todos os dias às seis e meia da manhã, isso quando não atrasa, não está chovendo ou simplesmente resolve não passar.

Vida difícil a de quem depende desses transportes urbanos, pensa Pedrinho todas as manhãs. Ele saí do colégio diretamente para o curso de inglês que é praticamente do outro lado da cidade. E lá vai Pedrinho esperar outro ônibus. E lá vai ele de novo pra sua batalha. Porque quando esse ônibus não demora meia hora, passa lotado.

E a pior hora é a volta para casa depois de um dia cheio, o povo todo estressado, cansado, muitas vezes em pé, porque não tem mais onde sentar. Numa dessas voltas pra casa, surge uma briga, uma das muitas que ele presencia nos vários transportes que pega. Uma mulher entra de cara feia pela situação do ônibus, dá cinquenta reais ao cobrador e não quer aceitar, pois fala que vai ficar sem troco. A mulher arma o maior barraco: " Eu uma cidadã, que paga meus impostos em dia, já vou pegar esse õnibus lotado e você vem reclamar que não tem troco? Eu tenho cara de ótaria? Devo ter! Só pode! Um ônibus cheio desses. A pessoa não tem o direito nem de sentar depois de um dia cheio, sem falar no tempo que eu tô nesse ponto. É uma falta de respeito. Isso é culpa do povo que não vai à luta, que não reivindica seus direitos. Estou cansada. você vai ter que me deixar passar!"

A zona está formada. E o povo vibra. Bate palmas. Cada um dá sua opinião, e sempre falando mal dos transportes, da falta de respito com os cidadãos, dos políticos. E Pedrinho apenas diz: "É tia quem não carro pega buzu lotado!"

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A menina que roubava livros


Quando vi esse livro na prateleira de uma livraria, uma frase na capa me chamou atenção “Quando a morte conta uma história você deve parar para ler”. Que mórbido, pensei. Mas, felizmente fui vencida pela curiosidade e comprei o livro.
A morte do livro de Markus Zusak, conta de maneira sutil e com uma bela pitada de humor a história de Liesel Meminger, uma garota que encontrou com a narradora diversas vezes em sua vida e foi curiosamente observada pela acolhedora de almas. Toda a narração se passa numa época de bombardeios, em plena Alemanha nazista da 2ª Guerra mundial.
O livro retrata de maneira bastante original a vida de pessoas que perdem suas esperanças em meio a sofrimentos e horrores, e ainda assim conseguem preservar valores como respeito, amor, solidariedade. Uma história diferente que te conta boa parte do fim no meio da leitura, e mesmo assim você ainda deseja continuar a ler.
Os personagens são fenomenais. Uma menina fascinada pela magia das letras. Um judeu com imaginação tão brilhante a ponto de se transferir diversas vezes para um boxe para lutar com o Hitler. Um garoto alemão que imagina ser Jesse Owens. Um acordeonista que dribla a morte algumas vezes, entre outros.
Com um final surpreendentemente emocionante, A menina que roubava livros, consegue misturar sentimentos. É quebrada a tensão em relação à morte e ela é associada diversas vezes a brutalidade e beleza. Markus Suzak nos lembra a importância das palavras, principalmente numa época em que elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a tomar atitudes.
Tragicamente lindo, é assim que eu me refiro a esse livro. Uma descrição sensível e detalhada de uma história cheia de emoções. E no fim uma frase que me recordarei sempre “Os seres humanos me assombram”.